Corpo de Baile
Mônica Salmaso nos apresenta o cd “Corpo de Baile”.
Concebido em torno de 14 canções compostas em parceria por Guinga e Paulo Cesar Pinheiro, várias inéditas e muitas delas guardadas há 40 anos, o projeto vai na direção oposta, reunindo uma gama variada de músicos e arranjadores.
“Para oferecer canções dessa densidade, achei que precisava colorir o repertório com diferentes arranjadores, para que uma música não pesasse sobre a outra”, conta Mônica.
“A gente fez uma gama de cores, convidando Dori Caymmi, Tiago Costa, Nailor Azevedo Proveta, Teco Cardoso, Luca Raele e Nelson Ayres e Paulo Aragão para assinarem os arranjos.
Curiosamente, em um momento em que é de se esperar discos novos com formações pequenas, eu estou fazendo o disco mais recheado da minha carreira”, conclui a cantora paulistana.
Dentre as escolhidas, “Bolero de Satã”, gravada por Elis Regina no disco “Essa Mulher”, é a mais conhecida dentre as que já tinham sido gravadas. “Achei que era o caso de regravar o ´Bolero de Satã´ para situar a parceria dentro do que as pessoas já ouviram”, pontua Mônica, que nos conta ainda que as que canções que não são inéditas foram registradas em discos de pequenas tiragens, vinis ou edições especiais.
“Corpo de Baile” tem direção musical de Mônica com Teco Cardoso (que assina a produção).
Foram arregimentados músicos especialíssimos em instrumentos como violão, viola caipira, piano, cordas, clarinetes, banda de sopros incluindo trombone, trumpete, trompa e tuba, baixo acústico e percussão.
O grupo Sujeito a Guincho (quinteto de clarinetes) e o Quarteto de cordas Carlos Gomes também participam do disco, que foi gravado à moda antiga: “A gente tocou o mais junto possível, o que é uma outra característica desse disco. As pessoas se encontravam no estúdio, todo mundo junto, feito antigamente, comemorando fazer música junto”.
A parceria de Guinga e Paulo Cesar Pinheiro é, para Mônica, um tesouro raro e um desafio para qualquer intérprete. “Esse repertório é um presente para qualquer cantor que goste de melodia, de letra, de harmonia. Por isso é um disco importantíssimo pra mim. É como se eu estivesse me preparando estes anos todos para gravá-lo, mesmo sem saber”, conclui Mônica.